No dia 31 de dezembro de 2009, João Pessoa ganhou um presente. A apresentação do grupo cubano Buena Vista Social Club. A apresentação teve início aproximadamente às 22 horas e se estendeu até a hora da contagem da virada. Quando o grupo executava a última música, um dançarino juntou-se a ele. Tratava-se do dançarino, coreógrafo e professor de dança de salão da cidade de João Pessoa, Eduardo Moura. Quem observava ao longe, e não sabia quem era, poderia afirmar que se tratava de um legítimo cubano, dançando naquele imenso palco.
Segue-se uma rápida entrevista com Eduardo Moura sobre sua participação naquele evento.
Danzalo: Professor Eduardo Moura, como você teve acesso ao palco do Buena Vista Social Club?
Eduardo Moura: Estava assistindo o show, bem próximo ao palco. Assistindo e dançando salsa livre, executando shines. E Teresa Garcia Caturla e outros integrantes me observavam lá de cima. Em determinado momento ela me convidou a subir ao palco, e dançamos todos juntos.
Danzalo: Como se sentiu ao dançar com tais ícones da música internacional?
Eduardo Moura: Foi uma sensação indescritível. Não dá nem pra explicar. Foi uma emoção muito grande, mas muito grande mesmo. Foi muito bom! Me senti, durante aqueles instantes, como se realmente estivesse em Cuba.
Danzalo: Quem o viu dançar, e que não o conhecia, pensava mesmo que era um dançarino cubano que se encontrava ali no palco. Você estuda a salsa cubana há muito tempo?
Eduardo Moura: Sim. A salsa cubana, pra mim, é especial, porque permite uma maior demonstração dos sentimentos de alegria. Expressa realmente a alma de quem dança. Também trabalho com a rueda de casino, outra das minhas paixões. A tendência na dança de salão de maneira geral é a salsa em linha, Porto-riquenha, mas eu sou um dos poucos que preserva e divulga a salsa cubana, pelo menos aqui no nosso Estado.
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